“O’ Tower”, de Timothy Walker

O’ TOWER

by Timothy Walker

 

O’ Tower, whose halls heard the voice of one tongue

And the hour when I could not understand

 

Like the Power that burned in the emperor’s bones

Now he cowers on those shores with no crown on his head

 

Could Saint Helena cure you of your caustic cause

And can we pull down what we’ve put up in the clouds

 

My skin is earth and my bones are made of sand

And now I am god with a rebel fury burning on my hands

 

I don’t belong to you

I don’t know what’s true

 

Pride sees not the vestige of your face in mine

He listens for no voices and watches for no signs

 

My eyes are fools, but my heart has heard the sound

Softly in the night, a ghost, with a blood-stained shroud

BIS (extraído do livro Ortodoxia, de G. K. Chesterton)

“Um homem varia seus movimentos por algum leve elemento de incapacidade de fadiga. ele toma um ônibus por estar cansado de caminhar; ou caminha por estar cansado de ficar sentado imóvel. Mas se sua vida e alegria fossem tão gigantescas que ele nunca se cansasse de ir para Islington, ele poderia ir para Islington com a mesma regularidade com que Tâmsia vai para Sheerness. A própria velocidade e êxtase de sua vida teria a imobilidade da morte. O Sol se levanta todas as manhãs. Eu não me levanto todas as manhãs; mas a variação se deve não à minha atividade, mas à minha inação.
“Ora, para expressar o caso numa linguagem popular, poderia ser verdade que o Sol se levanta regularmente por nunca se cansar de levantar-se. Sua rotina talvez se deva não À ausência de vida, mas a uma vida exuberante. O que quero dizer pode ser observado, por exemplo, nas crianças, quando elas descobrem algum jogo ou brincadeira com que se divertem de modo especial. Uma criança balança as pernas ritmicamente por excesso de vida, não pela ausência dela. Pelo fato de as crianças terem uma vitalidade abundante, elas são espiritualmente impetuosas e livres; por isso querem coisas repetidas, inalteradas. Elas sempre dizem: “Vamos de novo”; e o adulto faz de novo até quase morrer de cansaço. Pois os adultos não são fortes o suficiente para exultar na monotonia.
“Mas talvez Deus seja forte o suficiente para exultar na monotonia. É possível que Deus todas as manhãs diga ao Sol: “Vamos de novo”; e todas as noites diga à Lua “Vamos de novo”. Talvez não seja uma necessidade automática que torna todas as margaridas iguais; pode ser que Deus crie todas as margaridas separadamente, mas nunca se canse de criá-las. Pode ser que Ele tenha certo apetite de criança; pois nós pecamos e ficamos velhos, e o nosso Pai é mais jovem do que nós. A repetição na natureza pode não ser mera recorrência; pode ser um BIS teatral. O céu talvez peça BIS ao passarinho que botou um ovo.”
G. K. Chesterton, em Ortodoxia